Mais um outono
Esse outono chove sem parar
Gotas salgadas que não consigo estancar.
Úmida é a estação e secas as mãos.
As tuas onde estarão?
Vou passar o inverno solitário,
Com os olhos no horizonte cinzento
Ser único e seu insólito inventário,
Duas almas, um mar e um pensamento.
Quando a primavera de meu continente chegar,
Contarei as rosas para te enfeitar.
Chegarei com braçadas coloridas por te amar,
Em teu continente já é outono…
Mas eu sei que vou te amar.
Denise Figueiredo
Ciranda Mais um Outono
Otoño
Este lluvias de otoño sin escalas
Salado gotas que no puedo parar.
Es la estación húmeda y las manos secas.
Hágase tu voluntad, ¿dónde?
Voy a pasar el invierno solo,
Con los ojos en el horizonte gris
. Ser único y su inventario inusual
Dos almas, un mar y un pensamiento.
Cuando la primavera vienen de mi continente,
Dile que las rosas para decorar.
Voy a llegar con los brazos cargados de color por el amor,
En su continente ya es otoño…
Pero sé que te amo.
Denise Figueiredo
Ciranda Mais um Outono
Meu Jardim Secreto
Nem a profundeza do tempo
Nem a tirania da paixão
Tão pouco o insensível desprezo
Vai tirar-me a razão.
Sou o gravitar do amor.
Com todos os matizes e cores
Perfumes em todas as flores
Do teu jardim secreto.
Quando fechares os olhos
Serei eu habitando vielas tuas ?
Quando olhares o céu eu serei o teu anelo?
Isso pelo muito que te quero.
Minha alma quer enfeite,
Não há flor que não lhe deite.
São desse amor manifesto
É o meu jardim secreto.
Denise Figueiredo
©2010
Do livro
Meus sonhos
Rascunhos & Sentimentos
Secret Garden
Ni la profundidad del tiempo
Ni la tiranía de la pasión
Ni la indiferencia cruel
Me tomará derecha.
I gravitan hacia el amor.
Con todos los matices y los colores
Perfumes en todas las flores
Haga su jardín secreto.
Cuando usted cierra los ojos
¿Estoy viviendo los callejones de su
Cuando usted mira el cielo Voy a ser tu deseo.
Esto es debido a todo lo que quieras.
Mi alma quiere ornamento,
No hay flor que no se acuesta.
Se manifiestan este amor
Es mi jardín secreto.
Denise Figueiredo
©2010
Do livro
Meus sonhos
Rascunhos & Sentimentos
Olhar…
Seus olhos lânguidos e amendoados…
Poucos contemplaram os verdadeiros.
Vértice da alma e atordoados,
Mas com direção e humor certeiros.
Brilho na mente que a tudo contempla
A lente que a si mesmo inventa
Imposição por si e em si exempla
Rosa muito mais rosa, mas assusta.
Da cor rosa e através do rosa,
Prisma translúcido e real invento.
Poesia mostra em céu de prosa.
Íris de cor estranha e nunca vista,
Alma doce qual ninguém ainda viu
Só entende quem por amor insistiu,.
Denise Figueiredo
Do livro Aná & Katá
Desassossego do Poeta
Mar à frente
Mão demente!…
Querendo escrever e sem poder,
Apavora-se então!
Tudo à volta,
É pergunta sem resposta,
Um ameno vislumbrar…
O poeta tudo aposta.
Mas sem amor,
Porque deixou partir.
Sem dor,
Porque esqueceu de chorar,
Mergulha no mar de amor.
Busca as suas mágoas lavar.
Volta refeito,
Tirou a chaga do peito.
Porque o amor voltou.
A paz encontrou.
Espera-se que para sempre,
É o fim da alma descrente.
E volta a escrever o esteta,
É o fim do desassossego do poeta!…
.
Sonho em BRANCO
Num papelinho branco
Lindo nome escrevi.
E o amor foi tanto…
Nunca mais esqueci.
Tudo passou entre nós
Amor mais que perfeito,
Hoje saudade atroz,
É cinza guardada em meu peito
De tanto amor e dorido
Sem ver mais colorido
É no papel já nem tão branco
Que tenho meu sonho escrito.
Denise Figueiredo
Dança comigo?
Escrevi,
Reescrevi.
Fechei os olhos para não ver.
Abri para ver a realidade.
Nada vi,
Aceitei.
Só nas passadas senti,
Teu silêncio que é fogo
Nele me perco, pois é malogro.
Luz do sol,
Luz do dia,
Ou os dois à meia noite?
Sala vazia aguardando os artistas,
Palco largo e bem iluminado.
Cortina cortando o ambiente
Imaginário de um coração valente…
Seguem os acordes da orquestra prometida,
É o rio que lá fora debruça nas pedras
Soltando como violinos os acordes.
Pedindo que tu concordes…
Dança comigo?
Denise Figueiredo
Máscaras
De camadas muito finas
Delicada faz pensar
Como um artista atina
Como faz para amar?
Cada qual um olhar
Todas apenas ilusão
Tira e põe com a própria mão
Esperando a vida passar.
Em ferro ou barro,
O rosto vai escondendo…
Muito mais que a pele,
A alma vai envolvendo.
Cria personagens,
Vive-os por um tempo.
Sofre quando há troca,
Surge sempre uma em tempo.
Queima, derrete e vai sofrendo.
Sofre mais quem está vendo,
Seu dono vai morrendo
Porque por fora, vai derretendo.
Derrete o exterior
Por um sentimento errado
Porque não há mais interior
Era paixão e não amor.
Máscaras do dia a dia,
Só as vive por merecer
São muito mais que folia
São escolhas do viver.
Denise Figueiredo
Já inserido no Livro que será lançado no mes de abril de 2010.
Por Abrali Editores