MULHER
Mulher!…
Mulher!…
Mulher!…
Sem apelo,
E com zelo.
Somos ponta,
Somos contas.
Do carretel a linha,
Que sustenta a pipa no céu.
Do bolo o enfeite,
E o açúcar para deleite.
Somos prazer
Em te conhecer,
Somos a alegria de viver,
Sorrisos e choros para vencer.
Aceitamos,
Compreendemos.
Contemporizamos
E transformamos.
Somos a fôrma,
Deus dá a forma!
Denise Figueiredo
Do Livro
Meus sonhos
© 2010
Vou poetar em
BRASÍLIA
Vou poetar em Brasilia…
Banhar-me em águas …
Naturais e quentes.
Matar saudades…
Comer arroz de pequi,
Um peixinho na telha que adoro,
Aipim…
com carne seca…
e mateiga de garrafa …
Aí eu choro!!!!!!
Quero ver chuva,
Mas acho que não vou ver…
Verei sim,
O céu como não vejo aqui.
As nuvens brancas como algodão
Na palma da minha mão
E o sol quente fritando ovo no chão.
Vou fazer o que não consigo,
Deixar o tempo passar,
Abraçando…
A quem quer me abraçar!
Escutar pássaros, carros e aviões.
Ver ruas vazias ,gente a trabalhar.
Colher amoras com a Bia
Na estrada vendo carros a passar,
Sentar nas sombras das árvores.
De simples tardes fazer poesia
E no luar estrelas contar.
Andar com prazer nas ruas largas,
Pisar na terra vermelha
Que dentro de nós entra
Sem pedir para entrar.
Transitar pelas quadras
Sem medo de encontrá-lo.
Sei que ali não está
Que longe muito longe…
Está a me esperar.
Tempo, trabalho e ansiedade,
É teu nome e apelido,
Que esqueci num suspiro.
Quando de férias para Brasília
No avião eu embarcar.
Denise Figueiredo
Meus sonhos
©2010
Avenida da Liberdade, vista do alto, Praça Marquês de Pombal, Lisboa.
Ao poeta que acordou na esquina da Graça
A saudade é um facto
Que traz o fado aos ouvidos,
Mas vem com ele o alto
Da nossa querida Lisboa,
Lá, as gaivotas não param de voar,
Nem os poetas de contar.
Tristeza danada essa !
Portugal meu mar e meu chão ,
Meu céu também e de meu amor.
Canto nas esquinas e nos jardins,
Nas vilas e nas aldeias aonde vamos,
Pelas estradas sem fins…
Entre nós um oceano…
Sou o filho que chora o pai que se foi,
Mas deixou força e fibra nas terras mil.
Do destino, de seu filho Brasil!
Denise Figueiredo
©2010
In Razão para Amar
II edição
O amor é uma tábua no mar
Salva a alma que morre
E leva seu corpo a cantar.
Denise Figueiredo
Divagando
©2010
El amor es una tabla en el mar
Guarda el alma muere
Y tomar su cuerpo para cantar.
Denise Figueiredo
Laberíntico
© 2010
L’amour est une planche dans la mer
Enregistre l’âme meurt
Et prenez votre corps à chanter.
Denise Figueiredo
Randonnée
© 2010
Love is a plank in the sea
Saves the soul dies
And take your body to sing.
Denise Figueiredo
Rambling
© 2010
L’amore è una tavola in mare
Consente di salvare l’anima muore
E prendere il tuo corpo a cantare.
Denise Figueiredo
Vagante
© 2010
Há fogo!
Hoje quero ler poesia
Navegar por olhos que choram.
Da dor,sons de violinos…Pura aleivosia!…
Que minha alma toca.
Que toca por encanto
De tão longe o meu coração
Só com palavras e, no entanto,
Chego a ver tua mão.
Cortaram as linhas,
Mas não apagaram o fogo.
Ele é o fulgor das letras
E o vulcão de palavras!
Que na poesia eu vejo,
Chorando por ensejo.
De ver tua mão e não a tocar.
E isso tudo, por muito te amar
Denise Figueiredo
©2010
Do livro
Meus sonhos
Teus olhos que parecem cansados
A meu ver são vasos cheios de flores
Jóia rara vista por dois olhos amados
Num jardim perfeito de amores.
Quisera eu te amo poder dizer
No espaço que não nos pode conter.
As nuvens que agora cobrem esse mar
Darei ordens que levem-me para além-mar.
Tanta chama para a pagar
Escombros e pedras há por remover
Muita obra à edificar
E eu a ver teus olhos e sofrer!…
Amor…Amor meu!…
Nos versos encantados vou indo,
Mergulhada na luz que de ti está vindo,
Assim espero te abraçar sorrindo.
Denise Figueiredo
In Segredos
© 2008